
Clipe do Ano, Hit do Ano, Revelação, Pop e o maior trunfo: Artista do Ano. Com cinco troféus, o Restart deixou o Credicard Hall, em São Paulo, com um sorriso que poucas terão em sua carreira. A banda que se tornou referência nesse novo "happy rock" ou "rock colorido" não poupou as cores de suas roupas e dominou o VMB 2010, premiação promovida pela MTV.
Mesmo com todas as críticas e as próprias vaias que de tempos em tempos tomavam conta da cerimônia, é inegável apontar que a banda vive seu momento. No Twitter, o quarteto recebeu elogios até do badalado produtor Rick Bonadio, que nas edições anteriores emplacou essa "rapa" de prêmios com NX Zero e Fresno. "O Restart mereceu, estão no momento deles assim como já aconteceu com muitos outros. Parabéns", postou. Ainda na rede social, choveram críticas ao produtor, que logo se defendeu: "Não sou produtor nem empresário do Restart, mas respeito a banda e seu trabalho".
Embora muitos critiquem a "atitude colorida" da banda e "falta de rock n roll", o Restart segue somando fãs e agora ainda ganhou mais em seu currículo: cinco VMBs e um Prêmio Multishow. Na hora de agradecer o maior prêmio da noite, Pe Lanza não ignorou as vaias ao agradecer "todo mundo que votou e também que vaiou" porque isso faz a banda "querer melhorar".
Por outro lado, se o Restart tira sua sexta-feira pós-VMB só para comemorar, o ano de 2010 fica para gravadoras, artistas, músicos, jornalistas e todos envolvidos no mercado musical se questionarem sobre quanto vale um prêmio musical.
O fato é que o voto popular, método abraçado pelo Multishow e VMB, já mostra um desgaste para quem acompanha as cerimônias e um gosto de "eu já sabia". Em 2010, enquanto o primeiro evento "distribuiu" troféus para todos ficarem felizes, o segundo consagrou uma banda do momento e lembrou aqueles que sempre marcam presença, como Pitty e NX Zero.
O formato de votação pela internet dá a opção de escolher seu artista favorito, mas esta é uma ambição muito maior de fãs de grupos do segmento teen. Ano após ano ficam mais comuns as "maratonas" de votação organizadas em redes sociais. Fenômeno que não é visto entre seguidores de bandas veteranas como Skank e Jota Quest que provavelmente já passaram dos seus trinta anos de idade.
Em julho deste ano, em conversa com o Terra, Lucas, vocalista da banda Fresno, comentou essa mudança de foco das premiações. "Chegamos em um ponto em que vai ganhar a sempre a banda que os fãs estiverem mais loucos e perderem a tarde inteira votando na frente do computador. Acho que os fãs do Fresno que vão envelhecendo não têm mais essa preocupação", justificou.
Os anos se passaram e as premiações ganharam novas categorias, novas encenações, novos apresentadores, mas o gostinho de "eu já sabia" segue no ar. Resta saber se esse incômodo que já paira entre bandas veteranas também já chegou nos mentores destes prêmios.











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